Poemas, obras e espetáculos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

BOM GOSTO


Gosto quando você gosta

De gostar do meu gosto.

Gosto do que gosta

E não gosto pouco.

Gosto que se gosta

Quando se está louco,

Gostamos mais agora

Do que gostávamos há pouco.

Enquanto você gosta

Do meu gosto solto,

Eu gosto da leveza

Do seu próprio gosto.

E se juntos nos gostamos

Como nenhum outro,

É fato que se diga

Que temos bom gosto.

(Sons e Sonetos - Memórias Reais)
O rapaz da floricultura.

Nunca vi mais oposta criatura.

Os arranjos de folhas já maduras,

Não tratava com tanta ternura.

No papel rosado que dava a finura,

Cortava e dobrava sem muita frescura.

Com sua aparência jovem e sem feiura,

Compunha a tarefa diária e não tão dura.

No trabalho em família e sem usura,

Também reconhecia na alma certa cura.

Em seu cortejo brando não dei censura,

Pois achei graça naquela aventura.

E naquele ambiente sem muita pintura,

Todos admiravam com formosura

As flores vastas e de toda largura.

Com o ramalhete escolhido à candura,

Num sentimento grato que se fez a altura,

Segui á fora naquela densa temperatura.

(Sons e Sonetos - K. C. Martins/ Memórias Reias)

sábado, 19 de novembro de 2011

Rosas


Faça das rosas sua vida,
Ainda que fraca e oprimida
                - nunca deixe de regar.

Faça das rosas sua vida,
Mesmo na chuva ou na neblina
               - há sempre onde plantar.

Faça das rosas sua vida,
As mantendo belas e polidas
               - não esqueça o contemplar.

Faça das rosas suas amigas.
Faça delas sua vida
              - no amor há o cuidar.

( “faça das rosas sua vida...” repetiu para não esquecer.)


ode

Ode a domingo

Difícil é viver
Ver tudo ao seu redor
Redor difícil de ser visto...
Viver tudo é melhor
Melhor ainda é ver
Difícil ser sem redor...
Ainda tudo sem ver
Difícil redor ainda melhor.


(memórias reais)
Além...

Os olhos tremem,
A voz some.
O inseguro invade...
A respiração pausa.

Além...
Além...

Sem palavras,
Sem nada.
Além...
Além...


(memórias reias)

sábado, 20 de agosto de 2011


Eu sinto
Compartilhe comigo...
Uma moeda ou um vício
Me alimente pois estou faminto!
Compartilhe comigo!

Estou sujo e perdido
Sem paz e sem abrigo
Por várias noites a fio...
Mas compartilhe comigo!

Sem fé e sem amigos
Com os pés descalços e doridos
Colecionando latas e vazios
Eu peço: compartilhe comigo!

Está frio e eu sinto
Para aliviar eu minto
Praça é o meu recinto
E compartilho contigo!

(memórias alheias)

Pipoca-doce

Trabalho           beleza            pressa
Skate               beijo               solidão
Persistência      conversa         pensamento
Foco                risos               cansaço
Evolução          paixão             longe
Tentativa          tempo             observar

Vicio                 equilíbrio        novo
Compras           estudos          pai
Diversão            família           brincadeira
Passo                fome             musica

Transito         praça         noite
Brisa              luz            pipoca-doce
Arvores         banco        pessoas
Catedral       jornal         café
Caneta         papel         distração

 (memórias reais)

sábado, 30 de julho de 2011

my galery










Respiração
Mesmo no silencio
Sinto melhor seu pulso
No silencio sua dicção é mais doce
Eu gosto de você assim
Deste mesmo jeito

Seu silencio tem o abraço mais quente
Gosto assim
Deixe as muitas palavras comigo
Elas também emudecem no seu silencio
Deste mesmo jeito

Obrigada por seu sussurro de preocupação
Pelo calmo som da sua respiração
Pela leveza de suas palavras detidas
Pelo oculto.
Deixe as palavras comigo...

Um dia elas brotam de você também
Então teremos sempre lembranças silenciosas
Ou quem sabe iremos revivê-las ás vezes...
Só se houverem abraços quentes.
Gosto assim...
Mesmo no silencio.

(memórias reais)